Fintech Marvin aposta em ‘agentes autônomos’ para expandir negócio de antecipação de recebíveis

Marvin, fintech que há menos de três meses anunciou uma rodada de captação de investimentos com a Mauá Capital, deu o pontapé inicial em sua estratégia de expansão por meio de agentes autônomos de investimentos e já colhe os primeiros frutos do modelo, inspirado na XP Investimentos.

A startup anunciou a filiação com o CFO Hub, escritório montado no final de 2019 por Vitor Fabiano, ex-diretor financeiro da Cielo, Magazine Luiza, Centauro, entre outras grandes companhias. A parceria, que surgiu assim que a fintech foi lançada, em março deste ano, já rendeu oito contratos com grandes empresas, como a Shopbanx, de produtos e serviços financeiros digitais, a administradora de shoppings Partage e a empresa de vestuário MOB.

“O CFO Hub é a nossa Monte Bravo, mas teremos outros em breve”, afirma Figliolini, em referência ao maior escritório de agentes autônomos da XP.

A Marvin é uma plataforma que fornece meios para que a indústria possa vender mais e sem assumir o risco de crédito do seu cliente com a antecipação de recebíveis.

“Nascemos como fruto de uma regulação nova do Banco Central, a circular 3.952, que busca dar autonomia para os estabelecimentos comerciais, que agora vão poder fazer uma negociação mais livre com os recebíveis”, afirma o sócio responsável pela área de clientes da Marvin, Ricardo Figliolini. O texto do Banco Central entrou em vigor em 7 de junho e trata de um novo regime de recebíveis de arranjo de pagamentos.

O modelo com agentes autônomos deve ajudar a Marvin chegar a novas empresas e os escritórios enxergam na parceria uma possibilidade de aproveitar os recebíveis na carteira de clientes. O mercado de recebíveis no Brasil gira cerca de R$ 2 trilhões por ano e a Marvin pretende transacionar R$ 500 milhões no segundo semestre de 2021.